24 de abr. de 2011

Prática de Yoga - Parque Ecológico da Prainha

Monica Vidigall

Venha participar de uma prática de Eco Yoga - Yoga ao ar livre cercado por vegetação nativa - com a Prof. Monica Vidigall no Parque Ecológico da Prainha.


Dia: Veja Agenda (HOME)
Horário: 8h (chegue 15 minutos antes)
Ponto de Encontro: Estacionamento da Prainha
Investimento: R$20,00 por pessoa
Informações e inscrições:
guilhermejenneyoga@gmail.com ou pelo tel. 21-93633567
m108vidigall@hotmail.com ou pelo tel. 21-97729954


Obs: Convide seus amigos!!!

Estação das águas férreas / Paineiras

Vista das Paineiras
Participe dessa caminhada que acompanha o Vale do Rio Carioca até as Paineiras, tendo a oportunidade de conhecer o ribeirão que emprestou seu nome ao habitante do Rio de Janeiro, ao mesmo tempo em que se banha em gostosas cachoeiras.



Dia: Veja Agenda (HOME)
Horário: 8h (chegar 15 minutos antes)
Ponto de Encontro: Condomínio Parque Marapendi, localizado na avn das Américas 4319 - em frente ao Barra Shopping e ao lado do Posto Esso.
Investimento: R$20,00

Nível: Subidas e Descidas
Duração: 1:30h
Atrações: Vista Panorâmica, Caminho Colonial, Ruínas, Cachoeiras
Garu de dificuldade: Médio

Aspectos histórico culturais:

Segundo MENEZES, P.C. (1996), o Rio Carioca, com seus 4,3km de extensão é personagem de relevo na história do Rio de Janeiro. Afinal, empresta seu nome à gente que aqui vive. Carioca quer dizer, dependendo da teoria, casa de branco ou rio dos acaris (acari significa peixe e oca significa casa; logo, casa do acari). Não importa. Qualquer que seja o significado, importante é lembrar que o Rio de Janeiro construiu sua história ao redor do Carioca.

Conde de Baependi e Rio Carioca (1906)

Desde os primeiros tempos da ocupação da Baía de Guanabara, o Rio Carioca já era de suma importância para o abastecimento de água potável dos colonizadores. Com a chegada da Família Real portuguesa ao Rio, contudo, é que o Vale do Carioca, ou Vale das Laranjeiras, devido às vastas plantações de laranja que tinha em suas margens, ficou mais importante.

Com o influxo milhares de novos moradores - a gente da Corte que acompanhou D. João VI em sua fuga - o Rio de Janeiro foi obrigado a crescer. Cresceu na direção do Flamengo e, aos poucos, subiu o vale em direção ao Cosme Velho. As terras cortadas pelo Carioca foram divididas em grandes chácaras que passaram a ser ocupadas pela elite do Reino.

Na parte superior, atual Cosme Velho, estabeleceram-se, sobretudo, estrangeiros. Entre eles, na atual laadeira do Ascurra, os ingleses Young e Chamberlain. Um pouco mais acima, instalou-se o Conde Hogendorp. Este nobre era um general holandês que servira a Napoleão, de cuja amizade desfrutara e em nome de quem governara a polônia. Depois da batalha de Waterloo, o militar pediu para acompanhar Napoleão em seu exílio em Santa Helena. Tendo seu pedido negado pelas autoridades inglesas, acabou por exilar-se no Brasil.

Os passeantes do século passado utilizavam-se da picada, que saindo do Cosme Velho, levava até o ponto de captação das águas, e iam aí fazer piqueniques e passar o dia. Vários são os artistas que registraram esses passeios em suas telas, bem como diversas são as obras literárias que têm trechos passados no Silvestre, entre elas Lucíola de José de Alencar e Iaiá Garcia de Machado de Assis. A trilha daqueles tempos provavelmente difere muito pouco em seu traçado do caminho atual.

Era, naquela época, o rio muito mais largo e caudaloso que hoje, sendo, inclusive, navegável. Por ele desciam embarcações cheias de café ou laranjas em direção ao Centro. Na altura da atual praça José de Alencar havia uma ponte para os pedestres, que, para atravessá-la, tinham que pagar pedágio. Era conhecida como a ponte do Salema, por ter sido construída durante o governo deste nobre português.
Largo do Boticário

Ainda no asfalto, próximo ao início da trilha, há também uma série de lugares interessantes, a começar pelo próprio bondinho, inaugurado em 1885, e sua estação. Não deixe de visitar o Largo do Boticário, último lugar onde o Rio Carioca ainda corre a céu aberto. O Largo, construído na década de 1930 em arquitetura neocolonial com material obtido das demolições feitas para a abertura da avenida Presidente Vargas, é de beleza e valor arquitetônico inestimáveis, tendo sido tombado recentemente. Também vale a pena visitar a Bica da rainha, na rua Cosme Velho n 109. Trata-se de interessante bica colonial cujo nome vem do fato que D. Maria "a louca", mãe de D. João VI, ali ia se refrescar durante seus passeios. Por último, dê um pulinho no Museu de Arte Naif, localizado no n 561 da rua Cosme Velho, junto á estação do bondinho. Esse museu conta com acervo de 8000 obras de Arte naif, provenientes de cerca de 130 países.


Bica da Rainha

Para quem quiser aprofundar-se na história do Rio Carioca e do Vale das Laranjeiras, vale a pena ler o livro Vale das Laranjeiras-Cosme Velho, de Hélio Vianna, editado pela Secretaria Municipal de Cultura.

22 de abr. de 2011

Asthanga Yoga de Patanjali

Patanjali
Com a intenção de oportunizar e facilitar o aprofundamento no estudo e prática do Yoga apresentamos, nos próximos ícones do menu principal do blog, o sistema de Yoga delineado por Patanjali - que é dividido em oito partes, portanto, denominado Asthanga Yoga.

1- Yamas (refreamentos); 2- Nyamas (observâncias); 3- Asanas (posturas); 4- Pranayamas (disciplina da respiração); 5- Pratyahara (abstração dos sentidos); 6- Dharana (concentração, fixação da atenção); 7- Dhyana (meditação) e 8- Samadhi (êxtase espiritual).

O estudo completo do Yoga Sutras de Patanjali será postado em breve no nosso blog - ícone Textos Sagrados - Yoga Sutras de Patanjali.
  1. Preceitos Éticos - Yamas
  2. Preceitos Éticos - Niyamas
  3. Asanas 
  4. Pranayamas
  5. Prathyahara
  6. Dharana
  7. Dhyana
  8. Samadhi

21 de abr. de 2011

Niyamas

As "observâncias" (niyama) constituem a segunda etapa do Yoga. Segundo Michael, T. (1976), enquanto os yamas eram de forma negativa e versavam principalmente sobre a harmonização das relações do homem com a sociedade humana e o mundo dos seres vivos em geral, os niyamas são de forma positiva e construtiva e visam à organização da vida interior, pessoal. Impor limites ao comportamento exterior não é suficiente, é preciso reestruturar a personalidade profunda por meio de cinco "observâncias", que devem ser praticadas regularmente, dia após dia.

Taimni, I.K. (1996) complementa afirmando que a diferença na natureza das práticas prescritas para que ocorram as mudanças necessárias no caráter do sadakha (aspirante ao caminho espiritual) é que, em yama, as práticas incluídas são, de maneira geral, morais e proibitivas, enquanto as de niyama são disciplinares e construtivas.

As cinco observâncias: Sauca (purificação), Santosa (contentamento), Tapah (disciplina), Svadhyaya (auto-estudo) e Isvara-pranidhana (auto-entrega / consagração a Deus).

Sauca
Purificação / Pureza
Aquele que deseja ser um yogin não deve apenas restringir-se à limpeza corporal externa, mas proceder à purificação interior dos seus órgãos, pela correta regulação do seu modo de vida.
Michael, T. (1976) afirma que uma grande atenção deve ser dada a alimentação. Logo de início as bebidas alcoólicas devem ser excluídas, pois criam uma perturbação mental e rigidez física. De uma maneira geral, distingue-se três tipos de alimentação:

1- Sáttvica - contribui para a longevidade, a inteligência, força, saúde, felicidade e o bom humor. É uma alimentção saborosa, suave, substancial e aprazível. Como exemplos podemos citar: cereais (trigo, arroz, cevada, etc...), todas as formas de lentilhas, o leite e seus derivados, a manteiga clarificada (ghi), frutas, mel, legumes e água pura.
2- Rajásica - alimentação amarga, ácida, salgada demais, muito quente, temperada, ressecada, irritante, que gera dor, desordens físicas e mentais.
3- Tamásica - alimentação tamásica é aquela que perdeu seu valor (cozida por mais de 3h, insípida, fétida, requentada de véspera ou ainda os restos deixados por alguém. Nesse grupo encontramos os alimentos conservados, a carne e o peixe.

Segundo Taimni, I.K. (1996), a purificação dos veículos mais sutis, que servem de instrumentos para a expressão dos pensamentos e das emoções, é produzida por um processo diferente e mais difícil. No caso, as tendências vibratórias vão se modificando gradualmente, com a exclusão de todos os pensamentos e emoções indesejáveis da mente, os quais são substituídos, de forma constante e persistente, por outros de natureza mais elevada e mais sutil. À medida que as tendências vibratórias desses corpos vão mudando, muda também, pari passu, sua matéria, e, depois de algum tempo, se o esforço prossegue por um período de tempo suficiente, os veículos estarão adequadamente purificados.
Outra recomendação no sistema hindu de cultura espiritual para purificação dos veículos mais sutis é o constante uso de mantras e orações. Estes fazem com que os veículos vibrem, quase sempre em altíssimos níveis de frequência, produzindo um influxo de forças espirituais vindas dos planos superiores. O movimento daí decorrente, dia após dia, vai limpando, por assim dizer, todos os elementos indesejáveis dos diferentes veículos.

Importante lembrar que isso não acontece por si mesmo; tem-se que passar por muitos exercícios purificatórios, dia após dia, por longos períodos de tempo.



Santosha
Contentamento

16 de abr. de 2011

Prática de Yoga na Prainha

Parque Ecológico da Prainha
16 de abril de 2011
com Prof. Monica Vidigall

A Turma!!!
Monica Vidigall
Início da Prática
Respiração Consciente
Harmonizando...
Abertura para o novo
Adomukha Svanasa - Não é mole não rsrsrs
Vidalasana
Guerreiros...
Abrindo-se ao Poder Infinito
Yogi Carlos Bonacossa rsrsrs
Silêncio dentro e riso fora - Será?!?!
Encontro consigo mesmo...
Relaxamento
Amor espontâneo - Verdadeiro
Namastê - Até a próxima queridos amigos



Parque Ecológico da Prainha
Março de 2011
com Prof. Monica Vidigall

A Turma
Trikonasana
Navasana
Conectando com a Mãe Terra
Projeto Eco Yoga:
Profs. Guilherme Jenné & Monica Vidigall

14 de abr. de 2011

Yamas

Os refreamentos (yamas), palavra que vem da raiz yam, que significa refrear, domar, ter sob controle, referem-se ao domínio dos impulsos naturais, inerentes a todos os seres vivos, comuns ao homem e ao animal. Segundo Michael, T. (1976), as restrições não são particulares ao yogin, já que todo homem deve praticá-las numa certa medida.
Os votos de auto-restrições compreendem abstenções de violência, de falsidade, de roubo, de incontinência (sensualidade) e de cobiça.


Ahimsa (abstenções de violência)
Não violência
Taimni, I.K. (1996) afirma que esta qualidade denota uma atitude e um tipo de comportamento em relação a todas as criaturas vivas, com base no reconhecimento da subjacente unidade da vida.
O Sadhaka (aspirante ao caminho espiritual) que deseja se aperfeiçoar na prática de ahimsa, mantém rigorosa vigilância sobre sua mente, suas emoções, suas palavras e seus atos e começa a ajustá-los em seu ideal. Pouco a pouco, à medida que ele consegue pôr em prática seu ideal, as crueldades e injustiças contidas em seus pensamentos, palavras e atos vão se revelando, sua visão se tornando clara, e, assim, sob quaisquer circunstâncias o modo de se conduzir corretamente será conhecido por intuição. De forma gradual, este ideal de inofensividade, aparentemente passivo, transformar-se-á em uma positiva e dinâmica vida de amor, em seu aspecto de terna compaixão, em relação a todos os seres vivos e em sua forma prática, o servir.

Entretanto, estando a vida presente em toda parte, mesmo nos vegetais, é impossível existir sem destruir formas inferiores de vida. Por isso, o voto de ahimsa não reside propriamente na aplicação literal e absoluta do preceito de não destruir a vida, afinal impossível enquanto o yogin estiver vivo. Michael, T. (1976) afirma que, na realidade, "a inofensividade se mede pelo grau em que o homem consegue esvaziar seu espírito de toda e qualquer intensão hostil e animosidade inconsciente para com todas as espécies de seres criados. Quando eliminou de seus atos e pensamentos toda motivação agressiva e toda indiferença que conduz à crueldade, o yogin cultiva um espírito de amizade e de simpatia para com todas as criaturas.

O vegetarianismo decorre naturalmente do princípio de ahimsa. Aquele que mata os seres inocentes por um desejo egoista, jamais alcançará a felicidade. Tendo-se considerado bem a origem da carne, e a crueldade de aprisionar e de abater seres encarnados, deve abster-se inteiramente de comer carne.

Mehta, R. (1995) em seu livro "Yoga a arte da integração" afirma que podemos não causar dano físico ao outro, mas isso não é tudo que ahimsa ou não violência significa. Condescender com um criticismo desaprovativo, usar uma linguagem ofensiva, mesmo expor outra pessoa a comparações - tudo isso são negações de ahimsa. O abandono de todas essas tendências e hábitos conduz a saúde do corpo e da mente. A não violência denota uma mente saudável cuja ausência dá origem a relacionamentos infelizes que causam ansiedade e tensão nervosa.

Aquele que trilha a senda do Yoga deve ter saúde do corpo e da mente. Com um corpo enfermo e uma mente doentia não é possível avançar nesta árdua jornada.



Satya (abstenções de falsidade)
Não mentir
Por que a verdade é essencial à vida do yogi? Taimni, I.K. (1996) afirma que a inverdade, em todas as suas variadas formas, cria todo tipo de complicações desnecessárias em nossa vida, sendo, assim, uma fonte de constante perturbação da mente. Para o homem insensato, cuja intuição tornou-se obscurecida, a mentira é o meio mais simples e mais fácil de escapar de uma situação indesejável ou de uma dificuldade. Qualquer pessoa que se disponha a manter-se vigilante em relação aos seus pensamentos e atos, notará que, em geral, uma mentira dá origem a muitas outras para sustentá-la, e a despeito de todos os seus esforços, na maioria dos casos, a mentira cedo ou tarde é descoberta.

Uma pessoa que começa a praticar Yoga sem antes adquirir a virtude da completa veracidade é como um homem que parte para explorar uma floresta à noite, sem qualquer luz.

Mehta, R. (1995) afirma que comumente buscamos a realização das nossas ações nos frutos que podem gerar. Assim, nossas ações são incompletas em si mesmas; buscam completar-se atrravés da realização de seus frutos. Naturalmente, se a recompensa não vem, ficamos infelizes. Dessa forma, temos que olhar o tempo todo para o futuro para obter satisfação psicológica de nossas ações realizadas no presente. Contudo, mesmo a ação do presente surge de um anseio do passado não realizado que busca sua realização. Consequentemente, não há ação pura realizada no presente.

É assim que prosseguimos amontoando experiências incompletas, que se tornam a causa das distrações do presente. Aquele que está estabelecido em satya não tem distração e, portanto, age completamente de momento a momento. Ele não busca qualquer recompensa da ação, pois, para ele, a ação é sua própria recompensa. Quando a ação é sua própria recompensa, estamos livre da escravidão do tempo.



Asteya (abstenções de roubo)
Não roubar
Segundo Michael, T. (1976), a idéia de asteya é "não apropriar-se ilegalmente daquilo que não nos pertence". Essa obrigação compreende a abstenção do roubo e mesmo da cobiça sob forma de desejo. Por esse refreamento, mantém-se a própria dignidade. Quando o yogin está perfeitamente firmado na não apropriação, os tesouros afluem de todas as partes em sua direção.

Taimni, I.K. (1996), afirma que o futuro yogi não pode se permitir apropriar-se do que não lhe pertence propriamente, não apenas dinheiro ou bens, mas até mesmo de créditos por coisas que não fez ou privilégios que de direito não lhe pertençam. Somente quando uma pessoa consegue eliminar, até certo ponto, esta tendência à apropriação indébita em suas formas mais grosseiras, é que começa a descobrir as formas mais sutis de desonestidade que permeiam nossa vida e das quais dificilmente nos conscientizamos.

"Apenas quando alguém se sente incompleto em seu interior é que rouba". Mehta, R. (1995) continua sua explicação sobre asteya afirmando que quando passamos da satisfação das necessidades para a realização de desejos, entramos na esfera do roubo. O problema desses desejos está intimamente ligado à imitação, pois queremos viver como os outros vivem.. É óbvio que a imitação surge de uma vivência incompleta. Dissemos que a imitação é um ato de roubo, pois na imitação desejamos ter o que outra pessoa tem - bens materiais ou beleza, posição, ou as ditas conquistas espirituais. Esta característica surge de um sentimento de que somos incompletos interiormente. E este sentimento de ser incompleto obviamente surge de um processo de comparação. Esta provoca um sentimento de ser incompleto, e disto surge a tendência para roubar, ou seja, de possuir o que a outra pessoa tem. Enquanto não estivermos estabelecidos em, asteya, estaremos ocupados em construir nossa natureza adquirida. E, uma vez que a natureza adquirida precisa de proteção e defesa, estamos incessantemente ocupados em salvaguardar nossos mecanismos de defesa. Todos sabemos que nossas energias são constantemente desperdiçadas nesse processo. Assim, ahimsa, satya e asteya estão integralmente relacionados uns com os outros, pois a não violência exige estarmos radicados em não falsidade, e a não falsidade é possível apenas quando estivermos estabelecidos no não roubar. Precisamos lembrar que a natureza adquirida e a sua proteção estão na natureza da manutenção da falsidade, e perseguir a falsidade é negar a própria base do não roubar.



Brahmacarya (abstenção da incontinência)
Não sensualidade / Cessação da busca do prazer
Não que a união sexual seja um pecado; pelo contrário, ela é regulada pelas leis do dharma e elevada a dignidade de um ritual, mas segundo Michael, T. (1976), o yogin quer preservar a totalidade de sua energia sexual, para empregá-la com fins superiores. Pela abstinência sexual, essa energia é transmutada, enquanto pela "queda do esperma" o poder de concentração é diminuído. Quando a continência está bem firmada, uma poderosa energia é adquirida.

Taimni, I.K. (1996) afirma que muitos estudantes sérios, profundamente interessados na filosofia do Yoga, esquivam-se de sua aplicação prática em suas vidas, porque temem ter de desistir dos prazeres do sexo. O estudante oriental, mais familiarizado com as tradições e reais condições da prática do Yoga, não comete tal engano. Ele sabe que na verdadeira vida do Yoga não há como associar a auto indulgência e a perda de força vital inerente aos prazeres da vida sexual e que ele precisa escolher entre as duas. Não se espera dele que renuncie à vida sexual, total e repentinamente, mas terá de fazê-lo por completo antes que comece a praticar, de forma séria, o Yoga superior, diferente do estudo meramente teórico, ou até mesmo das práticas preparatórias.
Ao estudante sério e avançado, esse desejo de continuar os prazeres da vida mundana com a paz e o conhecimento transcendental da vida superior parece um tanto patético e mostra a ausência do verdadeiro senso de valores em relação às Realidades da vida e do Yoga e, portanto, inaptidão para vivê-la.
É, contudo, necessário que se compreenda o que realmente se busca, ao se renunciar aos prazeres sensuais.
Aqueles que se permitem levar uma vida moderada, em termos de prazeres sensuais, na ilusão de que "estas coisas não o afetam" estão meramente adiando o esforço de uma perseverante busca do ideal do Yoga. Para aqueles de mente mundana, essa austreridade parece proibitiva, quando não sem sentido, e frequentemente as pessoas cogitam, afinal, para que o Yogi vive. Mas para o Yogi o libertar-se do apego traz uma indefinível paz mental e uma força interior ao lado da qual os prazeres dos sentidos parecem intoleráveis.

O homem está preso à rede de desejos. Seja o que for que o homem faça ou busque, é motivado pelo princípio do prazer. Mehta, R. (1995) afirma que não importa qual o campo do prazer - seja material ou o assim chamado espiritual. Cessar esta busca do prazer, na verdade, é o que indica brahmacarya.
O que significa cessação da busca do prazer? Significa levar uma vida desinteressante, enfadonha? Significa fugir das experiências do amor e da beleza? Significa dar um fim a todos os deleites e alegrias da vida? Certamente não significa isso. Se compreendêssemos a distinção entre prazer e alegria, isso ficaria claro. É a presença do apreciador que transforma a alegria em prazer e, portanto, traz consigo a dor e o pesar. Quando o apreciador é removido da experiência do prazer experimenta-se o êxtase da pura alegria. É o apreciador que busca dar continuidade à experiência agradável. Quando não se busca dar uma continuidade a uma experiência, ela termina, deixando-nos livres para viver outra experiência.



Aparigraha (abstenção da cobiça)
Não possessividade
O homem tem uma tendência a acumular indefinidamente os bens materiais desperdiçando tempo e energia na aquisição e preservação desses bens. Michael, T. (1976) afirma que o Yogi deve abster-se de acumular posses e apenas conservar aquilo que é necessário à manutenção de sua vida.

A tendência a acumular bens mundanos é tão forte que pode ser considerada quase um instinto básico. Como afirma Taimni, I.K. (1996), se vivemos no mundo físico, temos que possuir algumas coisas essenciais à manutenção do corpo, embora o essencial e o não essencial sejam termos relativos. Se faz necessário perceber  que não nos satisfazemos com as necessidades da vida. Temos que ter coisas que podem ser classificadas como luxo, coisas que não são necessárias para conservar corpo e alma juntos, mas apenas para aumentar nosso conforto e prazer. É claro que essas coisas supérfluas de nada servem, exceto para satisfazer nossa vaidade infantil e o desejo de parecer superior aos nossos semelhantes.
Afora as complicações que esse instinto causa no mundo, nos campos social e econômico é necessário despender tempo e energia acumulando coisas que de fato não necessita. A seguir é necessário gastar tempo e energia mantendo e guardando as coisas que você acumulou, com as preocupações e ansiedades da vida aumentando proporcionalmente à acumulação. Considere, então, o constante medo de perder as coisas, a dor e angústia de verdadeiramente perder algumas coisas, de vez em quando, além do pesar de deixá-las para trás ao se despedir desse mundo. Agora some tudo isso e veja que colossal perda de tempo, energia e força mental resulta de tudo isso. Assim, o futuro yogi limita suas posses e necessidades ao mínimo e elimina de sua vida todos os acúmulos desnecessários e atividades que dissipam suas energias e constituem uma fonte de perturbação constante da mente.
Deve-se ressaltar, entretanto, que, na verdade, não é a quantidade de coisas que nos rodeia o que importa, mas, sim, nossa atitude em relação a elas.
Tamini deixa claro, porém, que a exigência de cultivar essa virtude depende, principalmente, de garantir-se um estado mental livre de apegos.

Quando estamos estabelecidos em aparigraha compreendemos o significado da existência.
A não possessividade indica uma mente completamente sem lar. Enquanto a mente estiver apegada a uma conclusão e agir a partir desse centro, não se tornou sem lar.
O verdadeiro propósito da vida nos é revelado apenas quando nos abstemos de projetar nossos próprios conceitos de finalidade e propósito.
Mehta, R. (1995) afirma que nos movemos em um mundo de significações projetadas e, porque tendemos a projetar padrões idealistas, pensamos que conhecemos a significância intrínseca dos homens e das coisas. Apenas quando todas as projeções, mesmo a mais idealista, cessarem, é que o significado intrínseco da vida pode ser compreendido.

Assim, yama não significa cinco coisas diferentes que devem ser praticadas uma após a outra. É um processo negativo onde a não violência, a não falsidade, o não roubar, a não indulgência e a não possessividade estão intimamente relacionados uns com os outros, formando um todo. Este é o Grande Voto de abstinência, onde a mente é destituída de todas suas conclusões de modo a reaver sua natureza pura original.

13 de abr. de 2011

Onde acontecem as aulas

Aulas de Yoga com a Prof Monica Vidigall
Barra da Tijuca e Recreio
Tel. 21-97729954


Espaço Cor da Terra
Shopping Open Mall
Diariamente

Yoga na Praia
Dias: ter e qui
Horário: 7:15 às 8:15h


Aulas particulares: Individuais e para pequenos grupos

3 de abr. de 2011

Kryas

Bla bla bla

  1. Bla
  2. Bla bla
  3. Bla bla bla

Mudras

Bla bla bla
  1. Bla
  2. Bla
  3. Bla

Samadhi

Bla bla bla

Dhyana

Bla bla blo

Dharana

Bla bla bla

Prathyahara

Blá blá blá

PRECEITOS ÉTICOS

Patanjali
Com a intenção de oportunizar e facilitar o aprofundamento no estudo e prática do Yoga apresentamos, nos próximos ícones do menu principal do blog, o sistema de Yoga delineado por Patanjali - que é dividido em oito partes, portanto, denominado Asthanga Yoga.

1- Yamas (refreamentos); 2- Nyamas (observâncias); 3- Asanas (posturas); 4- Pranayamas (disciplina da respiração); 5- Pratyahara (abstração dos sentidos); 6- Dharana (concentração, fixação da atenção); 7- Dhyana (meditação) e 8- Samadhi (êxtase espiritual).

O estudo completo do Yoga Sutras de Patanjali será postado em breve no nosso blog - ícone Textos Sagrados - Yoga Sutras de Patanjali.

1 de abr. de 2011

Meditação no Morro do Caeté - Prainha

O convite hoje é para subirmos o Morro do Caeté, localizado dentro do Parque Ecológico da Prainha para uma prática de Meditação.
Essa caminhada leva em média 30 minutos e chegamos ao Mirante do Caeté - um visual maravilhoso das praias do Recreio e Barra da Tijuca. Simplesmente imperdível.
Participe e convide seus amigos.



Dia: Veja Agenda (HOME)
Horário: 7:30h (chegue 10 minutos antes)
Ponto de Encontro: Estacionamento da Prainha - em frente ao portão do Parque Ecológico
Investimento: R$20,00



Informações e inscrições: guilhermejenneyoga@gmail.com ou pelo tel 21-93633567

Caminhada Parque Lage / Corcovado


Venha fazer parte deste grupo que subirá até o corcovado por uma trilha que tem seu início no Parque Lage.

Dia: Veja Agenda (HOME)
Horário: 8:00h (chegar 15 minutos antes)
Ponto de Encontro: Condomínio Parque Marapendi, localizado na avn das américas 4319 (em frente ao Barra Shopping e ao lado Posto Esso)
Investimento: R$20,00


Nível: subidas e descidas
Duração: 1 hora e 45 minutos
Grau de dificuldade: difícil


O caminho que leva o aventureiro desde o Parque Lage até o Cristo, a 704 metros de altitude, é fascinante. Embora seja uma subida íngreme que exige um pouco de preparo físico, trata-se de um esforço rico em compensações.
Vistas de tirar o fôlego (para alguns de restabelecer o fôlego), belas cascatas, muitos beija-flores e borboletas, vegetação exuberante e ocasionais macacos compõem esse belo passeio. É, contudo, uma trilha complicada para os inexperientes.


Aspectos Históricos-Culturais

De acordo com Debret, o passeio ao Corcovado, ou Pináculo da Tentação como era conhecido pelos primeiros navegantes lusitanos, é uma antiga mania dos cariocas. Segundo ele, a trilha foi aberta a mando de D. Pedro I, que acompanhou pessoalmente os trabalhos a cavalo, desde a madrugada até o pôr do sol.
Tão logo a trilha ficou pronta, em 1824, o Imperador mandou cercar por um parapeito o topo da montanha (onde está hoje a estátua do Cristo). Deste momento em diante a viagem ao Corcovado tornou-se um passeio obrigatório para a corte, os estrangeiros e o resto da população. O Corcovado, portanto, já era uma importante atração turística muito antes da inauguração da estátua do Cristo Redentor, em 1931.
Se na época de debret a trilha que dá no Corcovado principiava no Cosme Velho, hoje ela começa no bairro do Jardim Botânico, o que não é de todo mal, pois obriga o excursionista a conhecer o Parque Lage. É uma área de 523 mil metros quadrados, tombada pelo Estado, e que originalmente integrava o Engenho da Lagoa, de propriedade da família de Rodrigo de Freitas. No parque existem 143 espécies de árvores, entre as quais 31 raras. Destacam-se as várias espécies de palmeiras, o flamboyant, a amendoeira e o pau-brasil, além de várias árvores frutíferas.
No século XIX o Parque Lage teve diversos proprietários, até ser adquirido por Antônio Lage, em 1859. Em 1920, seu herdeiro, o armador Henrique Lage mandou construir, em homenagem a sua esposa, a cantora italiana Gabriela Bezanzoni, a casa de arquitetura eclética com mármores e azulejos especialmente importados da Itália. A mansão, sede de inúmeras recepções, foi projetada pelo arquiteto italiano Mário Vodrel e teve seu período áureo nas décadas de 1930 e 1940. Conta-se que as festas ali oferecidas incluíam até gôndolas, para que os convidados namorassem nos lagos dos jardins. Com a morte de Lage, sua propriedade reverteu para o Estado, transformando-se em parque. Hoje a casa é sede da Escola de Artes Visuais.
Além da casa, que vale a pena visitar, destaca-se o próprio parque, projetado em 1949 pelo paisagista inglês John Tyndale, que com densa mata, lagos e grutas, já serviu até de locação para vários filmes, entre eles Macunaíma e uma versão de Tarzan, estrelada por Mike Henry e rodada em 1967.
O Parque Lage fica aberto diariamente das 8:00 às 18:00h.



Chakras

  1. Muladhara Chakra
  2. Swadisthana Chakra
  3. Manipura Chakra
  4. Anahata Chakra
  5. Vishudha Chakra
  6. Ajna Chakra
  7. Sahasrara Chakra