05/01/1893 - 07/03/1952 |
“Tudo o que você faz deve ser feito em paz. É o melhor remédio para o seu corpo, sua mente e seu coração. Essa é a maneira mais sublime de viver”.
Paramahansa Yogananda
Relaxe seus olhos e comece a observar a sua respiração. Observe atentamente suas inspirações e expirações profundas e desligue-se de tudo o mais...
Procure perceber que fixar mentalmente
objetos dos sentidos, como parceiros, carros novos, celulares modernos, casas
maravilhosas e etc..., Fazem com que nos apeguemos a essas coisas.
Do apego a esses objetos, geralmente
materiais, brota o desejo de conquistá-los; Do desejo, quando insatisfeito,
brota a raiva; A raiva gera a ilusão... A ilusão produz o esquecimento do
Verdadeiro Eu, que alguns chamam de Alma.
A perda da memória de quem realmente
somos faz decair o poder do discernimento; Com a perda do discernimento
segue-se à destruição do reto pensar... Cada passo nessa descida tem um único
responsável... O ego.
Para elevar-se de novo à sabedoria, o
ego iludido precisa atingir o ponto aonde chegue a perceber que sua compreensão
da vida até o momento só lhe trouxe sofrimento.
Sua primeira pergunta, então, será:
“Por acaso gosto de sofrer?” Não, é claro!
Em seguida deve questionar... O que
aumenta e o que diminui o sofrimento?
A resposta é que a dor diminui quando
diminui também o interesse exagerado por si mesmo. A percepção dessa verdade
leva aos primeiros lampejos de reconhecimento de uma realidade maior que o ego
e o corpo.
A névoa da ilusão começa, então, a
dissipar-se na mente...
Da aceitação do que é vem o enfraquecimento
do apego mundano. Do desapego vem a diminuição do interesse pelos objetos dos
sentidos e a busca pela sabedoria autêntica – busca que desperta a devoção no
coração, o amor à verdade e o desejo intenso de conhecer a verdadeira
bem-aventurança.
Yoganada dizia que a meditação é a
rota mais curta para atingirmos o despertar da consciência / realizar a
comunhão com Deus...
Suas palavras nos fazem mergulhar
desde o início na vida interior da meditação... Naturalmente, quando você se
senta pela primeira vez a fim de meditar, todas as suas antigas tendências
mundanas, atiçadas pelo desejo material, levantam-se em protesto.
A meditação, porém, encaminha a
consciência para esferas interiores em que o domínio da consciência separada
começa a afrouxar...
Quando o ego percebe sua consciência
da individualidade dissolvendo-se durante a meditação profunda, e mais ainda ao
sentir que a respiração está prestes a cessar, pensa de súbito: “Esperem! E
quanto a mim?!”
A lembrança súbita da “realidade”
costumeira, o corpo físico, e dos atrativos do mundo material faz com que o
hábito subconsciente ative o senso do eu, enquanto ego;
Nesse momento, o ato de inspirar com
força, semelhante ao rugir do leão, desperta e redireciona o devoto, ou o
praticante, imerso em meditação, para a consciência exterior novamente.
Swami Yukteswar, o mestre de
Yogananda, comparava a mente do homem a um passarinho mantido na gaiola durante
vinte anos. Se abrirmos a porta da gaiola, o passarinho recuará para os fundos,
temendo a “ameaça” iminente: o vasto céu aberto onde, por natureza, deveria
voar...
Após algum tempo a ave talvez se
arrisque a sair, mas voltará quase imediatamente com medo dessa experiência de
liberdade para a qual o hábito a deixou despreparada.
Só aos poucos, depois de sucessivas
saídas para mais e mais longe, conseguirá o passarinho permanecer do lado de
fora da gaiola, agitar as asas e, depois de uma pausa, voar livremente para o
espaço.
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