8 de fev. de 2015

Sendo criativo ao fazer boas ações


Estamos estudando a Ação Correta nas últimas aulas e, como vemos, temos grandes oportunidades de fazer os outros e a nós mesmos felizes com nossas atitudes.

Rir sempre e rir muito; conquistar o respeito de pessoas inteligentes e o afeto das crianças; tolerar a traição dos falsos amigos; apreciar a beleza; procurar sempre o melhor nos outros; tornar o mundo um pouco melhor do que o encontrou, seja por um filho saudável, um jardim ou uma condição social resgatada, e saber que pelo menos uma vida respirou melhor porque você viveu. Isto é ter sucesso.
“Ralph Waldo Emerson”


O mestre diz...
Seja criativo ao fazer boas ações

Dhamma nos ensina consistentemente que não é suficiente evitar o comportamento negativo; precisamos também encorajar a Ação positiva.
Às vezes desejamos ajudar alguém, mas estamos tão oprimidos por tudo o que precisa ser feito neste mundo, que nem sabemos por onde começar. Esperamos que amanhã, ou na próxima semana, quando tudo se acalmar, possamos nos tornar os seres humanos ativamente compassivos que desejamos ser. Perceba... Nós adiamos a “bondade” como adiamos fazer dieta.
Por exemplo, por mais que você goste de crianças, talvez você disponha de pouco tempo e poucos recursos; talvez você se preocupe com aqueles que estão doentes, mas não tem conhecimentos médicos. Então, o que fazer? Hoje em dia, se você quiser expressar suas intenções compassivas, vai ter que fazer isso dentro do contexto da vida que está levando no momento. Ajuda muito se cada um e nós parar por um momento e considerar diversas formas pelas quais podemos praticar a Ação Correta diariamente. E lembre-se: é permitido se divertir. Afinal das contas, dar é um ato de alegria.
Aqui estão algumas ideias: doe sangue ou plaquetas ao banco de sangue local – ele é muito necessário; visite asilos de velhos ou lugares onde se cuida de crianças doentes ou crianças sem família; tente achar lares para animais perdidos; entre para alguma organização que ofereça apoio emocional ou ensine crianças carentes a ler. Recicle, recicle, recicle. Doe seu computador usado, suas roupas, seus livros, seus serviços ou seu dinheiro para obras de caridade que sejam sérias. Tente olhar nos olhos de cada pessoa que encontrar, trate a todos com bondade, calor e aceitação. Talvez você não possa salvar o mundo todo de uma vez, mas se puder tornar mais feliz a vida de pelo menos uma pessoa, terá feito alguma diferença. Cada sorriso ajuda. Cometa “atos aleatórios de bondade e atos de beleza sem sentido”.
O Buda disse várias vezes aos buscadores que qualquer grupo onde haja amigos que pensam da mesma forma, pode ajudar muito a nos manter conectados com nossa natureza superior. O que importa é buscar a companhia de homens e mulheres que estão tentando incorporar boas ações e metas que fazem sentido em suas vidas cotidianas. Não importa a sua idade ou ocupação, existem diversas formas para agir com sabedoria, compaixão e altruísmo, que vão lhe trazer bênçãos infindáveis.
Quando éramos crianças e construíamos nossos castelos de areia, eles eram cheios de alegria. Nossos projetos adultos poderiam ser quase iguais: cheios de alegria em vez de medo; abertura em vez de atitudes defensivas; equanimidade em vez de dualismo, ansiedade e dúvida.
Precisamos refinar nossas ações para que elas reflitam nossas convicções e valores mais profundos. Esse é um processo constante, contínuo, que se desdobra gradualmente. Lembre-se que todos nós somos obras em processo, tentando refinar nossas vidas. Não é realista esperar que possamos nos transformar rapidamente de sementes em árvores saudáveis e totalmente adultas. Na questão espiritual, somos praticantes em crescimento, estamos no processo de refinar nossa verdadeira natureza, e esse processo diz respeito a voltar para casa, não a promessas impossíveis de recompensas no céu. E isso torna-se tão simples quanto podemos ser simples. O problema é que somos seres complicados e, assim, nossos caminhos ficam complicados também.
Para aplicar nossas convicções e preocupações espirituais na vida cotidiana temos de aprender a tratar a vida como se ela fosse um parceiro de dança. Por que nos fecharmos e nos transformarmos em flores de parede – meros expectadores? Sinta a música de sua vida, dance ao ritmo do espírito vivo que há dentro de você!
                                                                                                           


A mensagem que fica é que enquanto percorre o caminho, lembre-se de praticar o perdão e a aceitação para consigo mesmo. A vida é um experimento, e tudo o que fazemos é improvisação. A Ação Correta requer de nós, essencialmente, apenas que sejamos perfeitamente sinceros, que apreciemos as coisas como são, que compreendamos a causalidade e suas implicações éticas, e tentemos fazer o melhor que podemos. Porque fazer o melhor possível é o melhor que qualquer um de nós pode fazer.

por Lama Surya Das

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