17 de dez. de 2014

Abra os olhos para o ritmo natural


Relaxe seus olhos e observe a respiração.
Respire suave e tranquilamente e desligue-se de tudo o mais...

Da manhã à noite, da pré-escola à aposentadoria, corremos pela vida para economizar o máximo de tempo. Mas e se o tempo não ditasse a nossa vida? E se tanto o tempo quanto a vida estivessem sob o nosso controle?
O primeiro passo para recuperar o nosso controle sobre a vida é acordar para o Ritmo Natural. Estamos nos acostumando com um estilo de vida rapidíssimo que estressa a todos.
Então, o primeiro passo para a vida no Tempo do Buda é se livrar da tirania do tempo artificial.

Disse Buda:
Para gozar a boa saúde, para ter uma família feliz, para levar a paz a todos, a pessoa deve primeiro disciplinar e refinar a sua mente.
Quanto mais sua mente se acalma e se concentra, uma hora, uma tarde, passam despercebidos.
Então aprenda a observar as inspirações e expirações e se concentre apenas nisso. Observe a respiração... Torne-se a respiração... Seja a respiração. Sem o tempo... Sem o espaço... Sem localidade. Nada a fazer, nenhum lugar aonde ir... Que paz, que harmonia, que bem aventurança...
Sentar ou deitar tranquilo, desacelerar, ter tempo para respirar e observar ao seu redor – meditação, em uma palavra – essa é a chave para o seu despertar para o Ritmo Natural.
Depois de incontáveis horas meditando, você irá descobrir um segredo: quanto mais concentrado e consciente, mais o tempo irá desaparecer. Perceba... Tempo não é o que está faltando em nossa vida apressada. O que falta mesmo é concentração. Quando desaceleramos o nosso processo apressado e obsessivo de pensamentos, quando mantemos a consciência atenta, nos tornamos melhores ouvintes e amigos, nos tornamos melhores companheiros e colegas de trabalho, e descobrimos dentro de nós mesmos mais clareza, serenidade, centralidade e, também, a capacidade de estar presente no momento.
Através da continuidade da prática você será capaz de perceber que o tempo existe principalmente na nossa mente. Quando paramos nossa mente, mesmo por um momento, paramos o universo: sem tempo, sem espaço, sem condicionamentos e compulsões. Apenas paz e harmonia sem limites. No Zen, esse “gostinho” da iluminação, passageiro e ao mesmo tempo atemporal, é chamado satori (esclarecimento). É uma iluminação momentânea, o aparecimento repentino de uma estrela no seu horizonte que o guiará pelo resto dos seus dias.
Passar a vida toda com um celular na mão é apenas uma opção. Crie o hábito de se desligar da nossa maravilhosa tecnologia para se lembrar daquelas belezas naturais que sempre existiram e sempre nos confortaram.

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